Carmenzita

“Como assim você NUNCA bebeu esse vinho???!!! É da vinícola mais antiga e tradicional do Chile!!!!!”- foi assim que uma amiga, sommelier do Empório Rios, me questionou a respeito desse vinho: Camenère 2012 – Viña Carmen. Na verdade, acho que foi uma bela de uma bronca. E depois dessa, eu tive que levar o vinho para casa.

Mas calma… Sou novata nesse mundo mais criterioso dos vinhos. E, confesso que argentinos, lambruscos e alguns brasileiros fizeram mais parte do meu dia-a-dia até eu decidir levar essa brincadeira mais a sério.

Escolhi um dia em que as coisas deram certo para bebericar e apreciar esse vinho, achei que era uma boa ocasião para celebrar. Depois pedi uma pizza, vinho sempre pede alguma comidinha para acompanhar.

A cor do vinho era rubi, com aroma de frutas maduras. Tinha taninos na media e corpo médio, era gostoso na boca. Ganhou 4 estrelinhas, é um vinho com um ótimo custo-benefício, R$ 50,00~R$ 60,00 em média, que passará a frequentar minha adeguita.

Óbvio que depois fui pesquisar a respeito da vinícola. A Viña Carmen existe desde 1850 e possui vários vinhos premiados e bem pontuados. Se o vinho que eu provei, que é da linha mais básica, era muito bom, os tops devem ser simplesmente maravilhosos. Não é à toa que o Chile é uma grande referência no mundo dos vinhos do novo mundo.

🙂

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Cozinhar e bebericar, a melhor terapia do mundo

Semana passada tive um dia daqueles. Cheguei em casa tarde, cansada e frustrada com tudo o que aconteceu nesse dia. Decidi então ir para a cozinha. Sempre gostei de cozinhar, então foi uma forma de aliviar o stress. E, claro, acompanhado de vinho.

Prato da noite: risoto de queijos. O vinho foi um Pinot Grigio italiano, di Leonardo, safra 2008. O vinho eu ganhei de brinde em uma loja especializada. Na mistura do risoto tinha parmesão, queijo processado e creme de leite, além do próprio vinho.

O vinho tinha uma cor amarela bem intenso, palha como dizem. A sua maturidade estava um pouco ultrapassada. Não era muito ácido. Os aromas também estavam “envelhecidos”, não consegui reconhecer muita coisa. Mas, isso não significa que não era possível beber o vinho.

Ganhou 3+1/2 estrelas. Depois, fui procurar informações a respeito de vinhos com essa uva. Descobri que era realmente um vinho para ser consumido ainda jovem, no máximo 3 anos. Tentarei encontrar uma safra mais nova desse mesmo vinho, para uma nova experiência. Mas para esse dia, o vinho fez o seu papel: mandar o stress pra bem longe de mim.

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“Almojanta” do final de semana

Levantar da cama ao meio-dia significa que tudo o que acontecer naquele dia será postergado. Inclusive as refeições. O almoço acaba acontecendo no final da tarde, quase noite, e transforma-se num “almojanta”. Desta vez, ficou  mais fácil apelar para o que é mais simples: macarronada! E, com um vinho para acompanhar. Comecei a preparar no final da tarde e quando fui almoçar já estava escuro lá fora.

Decidi abrir o outro vinho do Clube Wine, o Fantinel Zuccolo Cabernet Sauvignon DOC Friuli Grave 2013. Como foi muito mal avaliado na internet, é melhor tirar logo da adega, sabe como é, rs…

A cor dele é rubi, translúcida. Achei estranho, por se tratar de um Cabernet, imaginava algo mais encorpado. O aroma lembra frutas maduras, mas dá para perceber o desequilíbrio entre acidez e álcool, mesma característica do Merlot da mesma vinícola, e isso foi comprovado pelo paladar. Além desse desequilíbrio, possui uma persistência médio para baixa, outra  coisa que eu achei incomum para esse tipo de vinho.

Considerei um vinho 3 estrelas também. É possível beber, não é tão ruim como as avaliações que eu li. Mas há vinhos bem melhores, inclusive originados da mesma uva.

Tenho o hábito de preparar um molho de tomate “base” com tomates frescos combinados ou com extrato ou com tomates pelados enlatados, para congelar e depois preparar alguma coisa elaborada na hora de consumir. Neste último lote, fiz o molho combinando tomates italianos frescos com tomate pelado.

A elaboração da vez contou com bacon e calabresa e uma pimentinha (que não era ardida). Pus um pouco do vinho para cozinhar junto com as carnes, juntei o molho e mais um pouco do vinho. Ficou bem suave. O macarrão usado foi um talharim integral grano duro.  Vamos combinar, no final, macarronada é sempre tudo de bom!

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Quando um petisco chama um vinho…

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Domingo comprei um petisco no Pão de Açúcar chamado GROK. É um snack de queijo assado, nunca tinha experimentado. A-DO-REI!!! E, óbvio, o petisco pediu um vinho para acompanhá-lo. A escolha foi um Malbec de Mendoza, da Casa Valduga: Mundvs Malbec 2011. O vinho eu tinha comprado a cerca de um  mês, no Rey dos Whiskys & Vinhos.

Ué, mas Casa Valduga não é brasileira? Como é que o vinho é argentino? O rótulo informa que é fabricado por uma vinícola argentina, a Sottano, importado e distribuído pela Casa Valduga (em outra oportunidade, olharei com carinho os vinhos da Sottano publicarei no blog!). A linha Mundvs é formada por vinhos fabricados em vinícolas fora do Brasil sob a supervisão da Casa Valduga e depois ganham a marca dessa vinícola.

A sua cor é rubi, intenso. O aroma é de frutas maduras. Senti um leve amadeirado e nada do aroma de baunilha que indica na ficha técnica. Na boca é encorpado, com um bom equilíbrio entre acidez, álcool e taninos.

Minha avaliação no Vivino foi de 4 estrelas. Particularmente, gosto de Malbec.

A combinação com o petisco, ficou muuuuuito boa. Quando o pacote acabou, o sentimento que ficou era que poderia ter mais um 5 pacotes para terminar com a garrafa. Mas tudo bem, o vinho acabou sem o petisco mesmo, rs!

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Fantinel Zuccolo Merlot DOC Friuli Grave 2013

Esse vinho veio do primeiro mês de assinatura do Clube Wine (One).

Quando vi as avaliações do site da Wine.com, fique assustada. A pontuação foi muito baixa. E justamente no meu primeiro mês. Falaram que o vinho é horrível, parecia vinagre, que jogaram fora, coisas similares.

A primeira dose servida na taça apresentou pequenas bolhas, o que é estranho, pois não se trata de um espumante. Mas a rolha não apresentou qualquer característica que poderia apontar que o vinho estava alterado. A sua cor é rubi, translúcido, sem halo de evolução. O aroma olfativo lembra frutas mais maduras, mas não achei o toque herbáceo que consta na descrição. No paladar, notei um desequilíbrio entre a acidez e o álcool, talvez esse seja o principal motivo de tanta avaliação ruim. Dá para notar as mesmas lembranças frutadas do olfato. A persistência é baixa. É um vinho leve e honesto, considerando o preço de R$ 25,00.

Minhas avaliações na Wine.com e no Vivino foram de 3 estrelas, é possível beber sim, mas não compraria novamente. Prefiro outros tipos de vinhos. E há vinhos melhores no mercado, inclusive na mesma faixa de valor.

Para acompanhar o vinho fiz um picadinho de carne bovina (usei o mesmo vinho na receita) com polenta. Na comida, ficou muito bom! 😉

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Obs: provei um segundo Merlot da Fantinel e publiquei a respeito também.