Neethlingshof Chenin Blanc 2014

Não sabia muito o que esperar desse vinho pois não conhecia a Chenin Blanc e tive uma grata surpresa.

No olfato, dá para notar claramente notas florais. Num primeiro momento imaginei que seria um vinho adocicado. Mas não é. Na boca ele é um vinho seco, porém é um vinho bem leve. É bem frutado, com uma lembrança bem suave de limão.

É um vinho que pode ser saboreado sozinho num dia de verão. Também pode acompanhar peixes, por causa da sua suavidade.

A uva Chenin Blanc é originária da França, mas se adaptou muito bem na África do Sul e ganhou o nome de Stein. Produz vinhos bons para serem consumidos no dia a dia.

Esse vinho é sul-africano e recebi pelo clube wine classic, edição de fevereiro. Abri somente neste final de semana e caiu bem para o meu gosto.

cheninb

Fantinel Selezione di Famiglia DOC Grave Merlot 2012

Esse é o segundo Merlot da Fantinel que eu recebo pelo Clube Wine, mas desta vez de uma seleção mais sofisticada que a primeira. O vinho é da mesma vinícola, mesma uva. Mas a safra e a categoria são diferentes. E, de fato, são vinhos diferentes.

Sua cor é rubi, como o outro, mas com o halo começando a mudar para o âmbar. O aroma é um pouco defumado. Desta vez, não havia desequilíbrio entre acidez, álcool e taninos. Como o vinho anterior, não é muito forte em taninos. É um vinho fresco, mas com um amargo leve no final.

Mais uma vez, o vinho parece não ter agradado os assinantes, a maioria das avaliações são baixas.

Eu gostei mais deste do que o primeiro Merlot que eu provei da Fantinel. Mas continuo preferindo outros tipos de vinhos. Acho que não é um vinho para bebericar sozinho ou com petisco, precisa de comida para acompanhar.

Fiz um pene com molho à toscana, que casou muito bem com ele. Vi a receita num blog, e fiz uma compilação um pouco mais leve. O molho é com linguiça toscana sem a pele (para desmanchar na panela mesmo), tomate pelado (aquele vendido em lata), alho, cebola, manjericão, folha de louro, sal e pimenta a gosto.

IMG_7303

IMG_7304

IMG_7302Obs: minha primeira publicação no blog foi do primeiro Merlot da Fantinel.

Iguais, porém diferentes

A primeira seleção do ano da assinatura de vinhos me trouxe dois vinhos franceses, feitos com a mesma uva, originados de safras diferentes. E mostraram ser vinhos bem diferentes.

O primeiro que eu provei foi o ‘Mommessin Fleurie Réserve 2011’. Fiz a harmonização com uma versão própria do Ratatouille (rodelas de abobrinha, berinjela e pimentão, regados com molho à bolonhesa e assados no forno). Como é um vinho mais antigo, quase não tinha taninos. É um vinho muito suave, você vai bebendo e, de repente, está bêbado (a graduação alcoólica é de 13%).

O segundo foi ‘Mommessin Beaujolais-Villages Réserve 2013’. A harmonização foi feita com pizza 4 queijos (mussarela, parmesão, provolone e gorgonzola). É um vinho mais jovem, um puco mais ácido, com mais taninos e um leve toque picante.

Ambos os vinhos foram feitos com a uva Gamay, parente da Pinot Noir, e quem tem como característica gerar vinhos leves. Ambos apresentam a cor rubi. Mas, por serem de safras diferentes, possuem características diferentes, a safra de 2013 foi um pouco mais difícil para ser produzida com as chuvas abundantes. Seu vinho apresentou acidez um pouco mais acentuada. Recomenda-se que os dois vinhos sejam consumidos em 5 anos. Talvez por isso, o vinho da safra de 2011 quase não tinha taninos, estava quase no fim da sua vida útil.

A experiência foi bastante interessante, principalmente porque eu consegui captar algumas diferenças entre os dois vinhos. E, após ler as informações a respeito dos vinhos, a harmonização também foi muito bem sucedida. 🙂

unnamed (2)

unnamed (5)

unnamed (3)

unnamed (4)

Minha primeira experiência com assinatura de vinhos

Depois de 3 meses, acho que posso deixar minhas impressões. Quando soube da primeira vez a respeito da assinatura de vinhos, tive alguns receios, principalmente relacionados com as quantidades, se receberia vinhos repetidos. Daí um colega de trabalho, que tem a assinatura ativa, me esclareceu essas dúvidas e  então resolvi me aventurar. E assinei o mais simples (vinhos de 25 reais a garrafa) para ter uma experiência inicial.

Antes que me digam “R$ 25 não é vinho decente”, cuidado… Há vinho nessa faixa de valor ganhando prêmio internacional. Por exemplo, o Toro Loco Tempranillo foi medalha de prata na International Wine & Spirits Competition, safras 2011 e 2013. E custa mais ou menos esse valor.

Minha primeira seleção foi da Itália: Fantinel Zuccolo Friuli Grave, um Merlot e um Cabernet Sauvignon, safra 2013. Para meu azar (ou não), os primeiros comentários dos assinantes, em relação a esses vinhos, foram os piores possíveis. Preparei meu espírito e fui encarar minhas primeiras garrafas. Em primeiro lugar, os vinhos não estavam estragados! Rolha e aromas normais. Eram vinhos levíssimos, pouco comum para um Merlot e um Cabernet. Ambos eram bastante ácidos e, provavelmente por este motivo, não agradou à maioria dos assinantes. Acabei utilizando os 2 vinhos no preparado da comida que harmonizou com eles. E na comida ficou muito bom.

A segunda seleção foi de Portugal: Reynolds Vinhas da Serra, mistura de Aragonês com Tricandeira, safra 2012. A diferença estava na altitude onde as uvas foram colhidas: 400m e 700m. São vinhos mais encorpados e equilibrados, em comparação à seleção anterior. Agradou mais o meu paladar. Fiz a harmonização do 400m com pizza e o de 700m com uma tábua de queijos e salame.

A terceira foi da França: Esprit de Sérame, novamente um Merlot e um Cabernet Sauvignon, safra 2013. Imaginei que seriam vinhos parecidos com os Italianos da minha primeira seleção. Itália e França são tradicionalíssimos em vinhos, com vinhos centenários, premiados e caros também. Acho até natural que vinhos mais simples sejam bem diferentes (ou inferiores, se acham esse termo mais conveniente…). Gostei mais deles do que dos italianos da primeira seleção. Também são vinhos mais leves, mas pouco expressivos. Harmonizei o Merlot com macarronada e o Cabernet com polenta, ambos com molho à bolonhesa, feito em casa.

Sempre leio os comentários dos demais assinantes em relação aos vinhos. E me chateia bastante quando os comentários, na sua maioria, não são a repeito dos vinhos. Há muita reclamação a respeito da seleção de alguns vinhos, da logística, dos atrasos nas entregas. Acho que as reclamações são legítimas, mas há canais de comunicação mais adequados para tratar esses outros assuntos, dentro e fora do site.

Uma vantagem de se ter uma assinatura de vinhos é ter sempre algum vinho à disposição, seja para o dia a dia, seja para uma ocasião especial. Pode-se ter vinhos mais tradicionais, como vinhos diferentes. E, esses vinhos diferenciados podem não agradar a maioria dos paladares. É também uma questão de valores, quanto se quer pagar por uma garrafa: R$ 25, R$ 50 ou R$ 100. Quanto maior o valor, a seleção será mais elaborada. Mas não necessariamente pagar mais caro, significa que o vinho é melhor. Há vinhos baratos premiados por aí. E, um vinho bom ou ruim, depende muito do paladar de que quem está bebendo o vinho, do tipo de sabores que agrada mais a essa pessoa.

Ainda bem que as pessoas são diferentes, e ainda bem que existe um vinho ideal para cada tipo de pessoa. Basta encontrar uma que agrade o seu paladar. O meu desafio como futura sommelier será encontrar esse vinho ideal. E, claro, escolher a melhor comida para harmonizar esse vinho.

Obs.: farei experiências com as outras seleções. Depois registro minhas impressões aqui.

photo 1

IMG_6582

IMG_6772

“Almojanta” do final de semana

Levantar da cama ao meio-dia significa que tudo o que acontecer naquele dia será postergado. Inclusive as refeições. O almoço acaba acontecendo no final da tarde, quase noite, e transforma-se num “almojanta”. Desta vez, ficou  mais fácil apelar para o que é mais simples: macarronada! E, com um vinho para acompanhar. Comecei a preparar no final da tarde e quando fui almoçar já estava escuro lá fora.

Decidi abrir o outro vinho do Clube Wine, o Fantinel Zuccolo Cabernet Sauvignon DOC Friuli Grave 2013. Como foi muito mal avaliado na internet, é melhor tirar logo da adega, sabe como é, rs…

A cor dele é rubi, translúcida. Achei estranho, por se tratar de um Cabernet, imaginava algo mais encorpado. O aroma lembra frutas maduras, mas dá para perceber o desequilíbrio entre acidez e álcool, mesma característica do Merlot da mesma vinícola, e isso foi comprovado pelo paladar. Além desse desequilíbrio, possui uma persistência médio para baixa, outra  coisa que eu achei incomum para esse tipo de vinho.

Considerei um vinho 3 estrelas também. É possível beber, não é tão ruim como as avaliações que eu li. Mas há vinhos bem melhores, inclusive originados da mesma uva.

Tenho o hábito de preparar um molho de tomate “base” com tomates frescos combinados ou com extrato ou com tomates pelados enlatados, para congelar e depois preparar alguma coisa elaborada na hora de consumir. Neste último lote, fiz o molho combinando tomates italianos frescos com tomate pelado.

A elaboração da vez contou com bacon e calabresa e uma pimentinha (que não era ardida). Pus um pouco do vinho para cozinhar junto com as carnes, juntei o molho e mais um pouco do vinho. Ficou bem suave. O macarrão usado foi um talharim integral grano duro.  Vamos combinar, no final, macarronada é sempre tudo de bom!

IMG_6453

IMG_6425

IMG_6428

Fantinel Zuccolo Merlot DOC Friuli Grave 2013

Esse vinho veio do primeiro mês de assinatura do Clube Wine (One).

Quando vi as avaliações do site da Wine.com, fique assustada. A pontuação foi muito baixa. E justamente no meu primeiro mês. Falaram que o vinho é horrível, parecia vinagre, que jogaram fora, coisas similares.

A primeira dose servida na taça apresentou pequenas bolhas, o que é estranho, pois não se trata de um espumante. Mas a rolha não apresentou qualquer característica que poderia apontar que o vinho estava alterado. A sua cor é rubi, translúcido, sem halo de evolução. O aroma olfativo lembra frutas mais maduras, mas não achei o toque herbáceo que consta na descrição. No paladar, notei um desequilíbrio entre a acidez e o álcool, talvez esse seja o principal motivo de tanta avaliação ruim. Dá para notar as mesmas lembranças frutadas do olfato. A persistência é baixa. É um vinho leve e honesto, considerando o preço de R$ 25,00.

Minhas avaliações na Wine.com e no Vivino foram de 3 estrelas, é possível beber sim, mas não compraria novamente. Prefiro outros tipos de vinhos. E há vinhos melhores no mercado, inclusive na mesma faixa de valor.

Para acompanhar o vinho fiz um picadinho de carne bovina (usei o mesmo vinho na receita) com polenta. Na comida, ficou muito bom! 😉

photo 3

photo 2

photo 1

Obs: provei um segundo Merlot da Fantinel e publiquei a respeito também.