Profissão: babá de sobrinho

Hoje ele tem 7 anos…

Sobrinho (meloso): Tia, você trouxe um presente pra mim?
Eu: Presente?? Mas pra ganhar presente precisa ser um menino bonzinho… Você é bonzinho??
Sobrinho (sapeca): Sim!!!
Eu: Tem certeza?
Sobrinho (abre o sorriso e balança a cabeça afirmativamente): SIM!!!
Eu: Posso perguntar pra sua mãe?
Sobrinho balança a cabeça negativamente.

No mercado, sobrinho fala que quer um carrinho de brinquedo que estava vendendo lá. Perguntei por que ele queria, uma vez que ele tem uma caixa cheia de carrinhos de brinquedo. Ele me respondeu: “Porque eu preciso”. Não comprei o carrinho. E também nunca mais disse que comprei um sapato porque precisava, comprei porque eu queria e ponto.

Hora do jantar. Minha mãe tenta colocar um pouco de verdura no prato do sobrinho, e ele teima que não quer. Ela aceita. Passados 5 minutos, me sirvo da verdura e aproveito pra colocar um pouco no prato dele. Ele me olha com cara de indignação. Eu só respondo: “Precisa comer tudo o que está no prato”. Ele come a verdura sem reclamar.
No dia seguinte vou colocar verdura no prato do sobrinho. Ele tenta evitar colocando as mãos sobre o prato. Eu tento desviar das suas mãos e elas me acompanham. Olho pra cara dele e digo: “Não tenho o dia inteiro!!”. Ele tira as mãos, eu coloco a verdura no prato dele e ele come sem reclamar.

Chego no aeroporto e sobrinho vem me receber. Dentro do carro eu mostro um joguinho do celular (angry birds, alguém conhece?). Quando pego o celular de volta porque ele precisa tomar banho, descubro que ele passou por todos os joguinhos do celular. Quando ele sai do banho, descubro que ele sabe como jogar todos eles.

Eu (navegando na internet): Vai tomar banho.
Sobrinho: Estou assistindo o desenho. Posso ir quando acabar?
Eu: Tudo bem.
Sobrinho (2 minutos depois): Esse site que você está olhado tem os gol do São Paulo?
Eu: Você não está assistindo desenho. Vai tomar banho!!!
Ele vai, sem reclamar.

8 horas da madrugada. Sobrinho abre a porta do quarto onde estou dormindo. Faz um sapateado pra ver se eu acordo. Nem me mexo (de propósito). Ele sai e fecha a porta do quarto.

Eu (11 horas da noite): Tá na hora de você dormir.
Sobrinho: Mas eu não estou com sono.
Eu: Olha só seus bichinhos de pelúcia. Eles querem dormir.
Sobrinho faz cara de “sei sei…” e pega um dos bichinhos.
Eu pego o outro e bato no bichinho que está na mão dele.
E começa a guerra de travesseiros… oops, bichinhos de pelúcia.

Sobrinho de manhã: Quero um angry birds de pelúcia.
Sobrinho na hora do almoço: Quero um angry birds de pelúcia.
Sobrinho de tarde: Quero um angry birds de pelúcia.
Sobrinho de noite: Quero um angry birds de pelúcia.
Sobrinho na hora da janta: Quero um angry birds de pelúcia.
Sobrinho antes de dormir (e eu navegando na internet): Tia, compra um angry birds pra mim, vai.
Eu: Tá bom, vai.
E com a ajuda de um colega que tinha comprado e estava online, eu comprei o maldito no site do Angry Birds. O frete pra entregar no Brasil custou o dobro do valor da pelúcia…
Eu: Pronto, comprei. Mas não sei que dia que chega. Vem de outro país, bem longe.
4 meses depois sobrinho vem me visitar. Advinhem qual é a primeira coisa que ele tira da mala? (trouxe só pra me mostrar, rs)

No mercado com o sobrinho, vou até a sessão de louças. Mas antes digo pra ele: “Não saia do meu lado”. Foi o tempo de eu pegar duas travessas de marcas diferentes numa mesma prateleira. Sobrinho do lado de um vaso, em outra prateleira, me pergunta: “Por que é torto assim?”. Resposta: “TIRA JÁ ESSE DEDO DAÍ!!! FALEI PRA VOCÊ NÃO SAIR DO MEU LADO!!!”

Sobrinho em casa, quer brincar com meu violão velho.
Eu: Ainda não pode fazer barulho, só depois das 9h.
Às 9h em ponto, ele começa a brincar feliz e contente. E nem pergunta se pode.

Um dia fui no caminhar no Zerão, em Londrina, sem o sobrinho. Quando eu voltei, ele me perguntou onde eu tinha ido. Respondi e perguntei se ele conhecia, e a resposta foi afirmativa. Perguntei então se ele queria ir comigo no dia seguinte. Ele respondeu sim, todo alegre. Minha mãe olhou com cara de surpresa. E não é que no dia seguinte ele foi? E no outro dia também. E foi assim, até eu voltar pra São Paulo.

Na sala da minha casa tem um sofá-cama. Sobrinho teimou que queria dormir lá.
Sobrinho: Vou dormir aqui.
Eu: Dorme no quarto, a cama está encostada na parede. Aqui você vai cair da cama.
Sobrinho: Eu quero dormir aqui no sofá.
Eu: Você vai cair da cama.
Sobrinho: Não vou.
Eu: Se você cair da cama, vou tirar muito sarro.
Sobrinho: Não vou cair da cama.
No meio da madrugada, um estrondo vindo da sala. De manhã, durante o café da manhã…
Eu: Você caiu da cama. Eu ouvi o barulho.
Sobrinho (meio sem graça, balança a cabeça afirmativamente): Caí…
Eu: Se ferrou, caiu da cama, eu avisei… kkkkkk

Sabe aquelas bolinhas pra aliviar tendinite. Sobrinho usa pra jogar futebol no meio da minha sala…

Ah, a chuva…

Estarei dormindo ainda e TODOS os telejornais da manhã irão noticiar o efeito da chuva nessa noite na cidade de São Paulo. Já está na internet. E deve dominar os jornais impressos também. Claro, a aventura surreal que eu acabei de viver não passa nem perto do drama que milhares de pessoas que acabaram de perder seus pertences, bens e até familiares. Mas deu para sentir o gosto amargo dos efeitos da chuva nessa grande metrópole.
Não tinha idéia de quanto tinha chovido antes de tentar sair de um bar na região de Pinheiros. Ao chegar na porta, havia um rio no lugar da calçada. Segundo os funcionários do bar, eles nunca tinham visto a água da chegar a um nível tão alto.


Depois de uns 15 minutos, a água sumiu e pude pegar o caminho de casa. Eu mal sabia que aquilo seria apenas o início da ‘via crucis’ entre os 15km que separavam o ponto aonde eu estava até a minha casa, situada na Zona Norte de São Paulo.
Como ainda chovia, tomei o caminho de costume (o caminho feliz, automático). Tudo ia bem, até chegar no Viaduto Antártica. Apos andar 200 metros pelo viaduto, o trânsito. E nem daria para dar a ré e pegar outro caminho, porque parecia que todos os carros chegavam naquele ponto naquele momento e todos pararam. Logo, todo o viaduto estava cheio de carros.


Com um smartphone na mão, comecei a procurar notícias a respeito da chuva e descobri porque aquele ponto estava parado. A Avenida Marquês de São Vicente tinha alagado, segundo uma foto, a água chegou na altura da roda de um carro de passeio comum. Essa avenida é a que cruza com  o final do viaduto. Durante o trajeto do viaduto, a maioria dos carros desligava o motor, alguns carros pifaram pelo meio do caminho, várias motos de uma empresa de seguros passaram por lá. Havia também as pessoas que saiam dos carros e caminhavam até o final do viaduto para ver o que estava acontecendo. Incrédulos. Passei uma hora e meia para andar até quase o final do viaduto. Ao chegar lá, vi que a água continuava lá, firme e forte.

Uma tentativa foi atravessar o canteiro central (parte que era calçada), voltar o viaduto e tentar outro caminho. A região da Casa Verde também estava alagada. Então fui para a Paulista e a 23 de Maio. Parecia um caminho mais confiável naquele momento. Ao atravessar a Marginal Tietê, percebi que havia pessoas paradas junto à ponte tirando fotos da marginal. Provavelmente deveria estar algada, congestionada ou alguma outra coisa do gênero.
O caminho foi bem até chegar perto do Aeroporto Campo de Marte. Lá também estava completamente alagado e intransitável. Algumas pessoas paradas, fora de seus carros observando a água, outras relatando pelo telefone a situação. Como havia pouco movimento de carros, fiz um retorno rápido, peguei a contra-mão mesmo e voltei para a praça Campo de Bagatele. De lá, minha outra alternativa foi tentar a Avenida Cruzeiro do Sul. Passei perto da rua do Deic, que sempre alaga e, desta vez, não foi diferente: estava alagado. No horário que eu passei não havia alagamento na Cruzeiro, porém havia lixo espalhado por toda a rua. Depois de passar por Santana, a volta pra casa foi mais tranquila, uma vez que já estava em uma região mais alta.
Em dias de transito tranquilo, costumo demorar 45 minutos para fazer o trajeto entre Pinheiros e Santana. Na madrugada, esse tempo reduz para menos de 30 minutos. Mas hoje, o tempo gasto com essa aventura foi de 3 horas e meia. Pelo trajeto, muita água, muita gente desolada, muito lixo espalhado pelas ruas. A chuva, o lixo, a falta de cuidado tanto dos governantes quanto do próprio povo, fazem com que a água invada ruas, calçadas e casas numa velocidade e num nível impressionantes. Provavelmente quando eu acordar na terça-feira, o caos ainda estará dominando a cidade inteira. Mas quero pensar nisso só quando acordar. Até lá.

Pão e circo… por que não educação??

A algum tempo atrás me esculacharam porque eu tinha tuítado que existem muitos dias mundiais e, na minha opinião, não tinha utilidade prática alguma. Afinal de contas, milhões vão pensar a respeito do assunto no dia D. Mas e no dia seguinte ou no dia seguinte do seguinte? Teremos uma grande mobilização constante ou apenas daqui a 365 dias? Teremos ações práticas realmente efetivas? Desde a muito tempo que nós seres humanos aprendemos e descobrimos como desbravar e extrair elementos que facilitem a nossa vida. Desde a muito tempo que apenas tiramos proveito do que a natureza pode nos prover. Só depois que começou a escassez, que alguns de nós nos damos conta de que é necessário agir com cautela, aprendemos a não desperdiçar comida, a economizar água e luz. Mas muita gente não faz nada disso. Eu mesma cometo alguns deslizes.
Isso faz parte da educação que recebemos dos nossos pais, professores, colegas, de todas as pessoas que passam pela nossa vida. Normalmente, repassamos esse conhecimento adiante para nossos filhos e próximos. Se meus pais acham correto não jogar comida fora, isso fará parte de uma prática diária pessoal, e assim ensinarei meus filhos e netos a mesma coisa. Para o contrário, o repasse seria o mesmo.
E não pára por aí. Tem também tudo aquilo que julgamos como certo e errado. É certo atravessar a rua fora da faixa de pedestres, quando esta se encontra ali do lado? E cortar a frente de alguém no trânsito? E passar no farol vermelho?? É certo jogar lixo na rua, pela janela do ônibus? E depredar as lixeiras disponíveis na calçada? E abrir a embalagem fechada de algum alimento num supermercado e ficar comendo o produto, antes mesmo de pagá-lo (se pagar)? Educação diz respeito também a como se trata familiares, amigos e próximos. Se somos cordiais com outras pessoas ou não.
Esse ano temos eleições para presidente, governador, senador e deputados. Muito se fala das candidaturas bizarras, do quanto que isso tem causado indignação e, ao mesmo tempo, adesão. Há uma reportagem da folha.com indicando que o candidato que, provavelmente, causou mais polêmica nessas eleições teria votação recorde no país. Absurdo? Ou reflexo de um povo que não tem e não terá consciência da importância de escolher nossos representantes no governo. Muita gente votará nele porque é “engraçadinho”. Muita gente votará nele porque aquela cara é o retrato de uma grande massa, pobres, simples e sem muita instrução que realmente acreditam que uma pessoa à sua imagem e semelhança pode fazer alguma coisa por eles se estiver junto aos nossos governantes. Com isso, os espertos que a gente não vê tiram proveito desse tipo de situação. Não à toa, programas de governo que fazem “doações” para o povo são melhores aceitos do que aqueles que propõe a dar alguma formação educacional e profissional. E mesmo quando há programas que propõe a nos dar uma formação, ela é deficiente.
Existe algum meio para melhorar esse cenário? Acredito que não será com grandes revoluções que conseguiremos um governo melhor, um cotidiano melhor. Não existe solução a curto prazo para um mal que nos persegue a milênios. A mudança precisa começar dentro de casa, ao definir o certo e o errado das coisas, e optar conscientemente por seguir o que é certo. Aprender e ensinar a usar os recursos naturais de forma consciente, tratar as pessoas que encontramos pela vida de forma cordial e adequada. Estudar e ter uma formação profissional decente. Ter consciência de que nossas escolhas tem consequências e, por isso, ponderar antes de tomar nossas decisões. Podemos fazer uma revolução sem fazer todo esse barulho que se vê no dia a dia. E eu também tenho muito a aprender para tocar a minha revolução adiante… 😉

 

Só de sacanagem (texto de Elisa Lucinda)

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: “Não roubarás”, “Devolva o lápis do coleguinha”, “Esse apontador não é seu, minha filha”. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba” e vou dizer: “Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.”
Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”. Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!

O silêncio da Joanninha

No último dia 13 de agosto Joanna Cardoso Marcenal Marins, 5 anos, faleceu após passar 26 dias em coma no hospital. Depois de um mês, além da dor de sua mãe e seus familiares, ainda há muitas dúvidas que precisam ser esclarecidas e todas em torno da pergunta: o que aconteceu com a Joanna?
Em maio desse ano, o pai da menina, Andre Marins, obteve a sua guarda, levou a menina consigo e o que aconteceu antes da Joanninha entrar em coma ninguém sabe. Só se sabe que uma menina saudável, sapeca e cheia de vida foi embora com o pai e faleceu meses depois, sem se saber ainda a causa real e com marcas de maus tratos pelo corpo.
Ainda há um agravante, num dos hospitais para onde ela foi levada, o hospital RioMar na Barra da Tijuca, foi atendida pelo falso médico Alex Sandro de Cunha Souza e liberada. E esse monstro está foragido.
Mesmo sabendo como é perder uma pessoa querida, não consigo chegar perto da dor que essa mãe está sentindo, por ter enterrado sua filha querida sem saber o que realmente aconteceu. Não consigo imaginar o que deve passar pela cabeça dela, ver sua filha saudável ir embora com o pai para nunca mais voltar.
Um caso como este não pode ser banalizado, não pode ser apenas mais um. Precisamos saber o que realmente aconteceu com a Joanna. A sociedade precisa entender que isso não é coisa de gente de bem, e tem que pedir por justiça. A justiça precisa punir os culpados que maltrataram uma criança inocente, levando à sua morte. O silêncio prematuro da Joanninha não pode ser em vão.

Mais informações:

Isto é: As várias tragédias de Joanna
O Globo: Morre menina que teria sofrido maus tratos e erro médico
globo.com: Entrevista com Ana Maria Braga no Mais Você
globo.com: Matéria do Fantástico

O fantástico mundo das redes sociais

Um belo dia uma colega que eu conheci lá na Accenture, me chamou no msn perguntando se eu já tinha conta no orkut e me mandou um convite. Isso a uns 6 anos atrás, mais ou menos. Assim começava minha aventura no mundo das redes sociais.
Preenchi meu perfil, um longo questionário onde me dei ao direito de pular algumas informações. Fiz upload da foto, adicionei alguns amigos conhecidos. Depois encontrei o pessoal da faculdade que tinha perfil cadastrado e adicionei também. Depois vieram os primos, inclusive os que residem fora do Brasil. Achei bem interessante, pois conseguia manter um contato com pessoas que provavelmente não teria como conversar se não fosse a internet. E o pior, eles não sabem usar outro meio de comunicação na grande rede. Comentei com um dos primos que era possível conversar (videoconferência) usando msn, mas ele não sabe usar… Só orkut. Depois veio o pessoal das 3 escolas onde estudei durante a minha vida inteira. Um rapaz que estudou comigo na segunda série (isso tem mais de 20 anos, oops) me encontrou, lembro que foi até engraçado porque eu não tinha reconhecido, e ele me mostrou a foto da turma no perfil de outra colega apontando quem era eu e quem era ele (acho que não mudei muito, rs) e, juro, não o reconheceria nem com muito esforço… Com o tempo fui atualizando alguns dados e usando o recurso de privacidade para algumas informações. E atualmente ele sobrevive para a comunicação com quem não sabe usar outra coisa, além do orkut.
Depois me incluí em outras redes sociais: linkedin, twitter, facebook, foursquare… O twitter foi um fenômeno engraçado. Recebi o convite de um amigo por email e criei a minha conta lá. Uma semana depois apareceu uma matéria a respeito dele no programa Fantástico e desde então popularizou-se de uma forma incrível. E, posso dizer que é a rede social que eu mais uso atualmente. Relutei para criar a conta no facebook porque as pessoas que eu conheço que criaram suas contas fizeram somente para participar dos joguinhos em rede. Mas o facebook me permitiu conhecer uma xará americana, estudante de enfermagem, onde na vida vou conhecer outra pessoa com o mesmo nome e sobrenome? Do foursquare, ainda aguardo a oportunidade de receber um bônus reais pelos badges e mayors alcançados.
Mas, diante de tantas opções, como administrar cada um dos perfis adequadamente e qual o conteúdo pode ser publicado? É certo publicar tudo o que se passa pela cabeça? Ou, no fundo, publicamos apenas o que queremos que o mundo saiba a nosso respeito? Esses perfis refletem o que somos realmente? Um clássico que aparece com grande frequência no twitter é a frase “no orkut todo mundo é feliz.. no twitter todo mundo é infeliz.. e no msn todo mundo é ocupado”. Feliz numa rede e infeliz na outra, uma grande contradição. Bom, há coisas que são totalmente dispensáveis nessas redes, acho um saco o twitter de alguém com o perfil de “querido diário”, onde só falta o cidadão postar de dentro do banheiro (ninguém merece ¬¬). Isso sem contar aqueles tópicos/fotos que você não quer publicar, mas seu amigo publica e inclui seu nome. Com exceção do linkedin, minhas outras redes são tem um perfil mais pessoal, onde deixo impressões, desabafos, versos e comentários de assuntos de meu interesse, que pode ser a respeito de trabalho ou não. Há comentários dos quais que eu questiono se deveria ter postado (hora que o sangue sobe é uma droga e eu não tenho sangue de barata), mas depois do ‘submit’ já era. Há comentários que nem todos entendem, as vezes é direcionado e sem citar nomes, esses eu tenho certeza que a pessoa em questão recebe e entende o recado (nem que seja pelo efeito viral).
E dependendo de quem faz parte da sua rede, é possível postar qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo? Seu comentário não pode ofender alguém ou causar uma má impressão? Tenho amigos, colegas e conhecidos de todas as tribos, todos os estilos possíveis e imagináveis. Sim, desde os mais inocentes, os sérios até os mais loucos possíveis. Bem 8 ou 80, então um comentário que seria normal para uma pessoa X pode não ser normal para a pessoa Y. Recebo publicações de todos os tipos… E se seu chefe, não importa o nível, faz parte da sua rede? Vai passar o dia inteiro postando bobagem ao invés de trabalhar?
Mas, e quanto à privacidade? Uma vez fui duramente criticada por me preocupar com esse tipo de coisa. Ué, mas se não fosse importante, não haveria opções para esse tipo de configuração. É certo que não é totalmente seguro, sempre acabam dando um jeitinho de quebrar a segurança desses sites. Mas sim, meus perfis são privados, não é qualquer pangaré que pode ter acesso às informações que deixo disponível em minhas redes. Tenho como premissa básica é nunca adicionar desconhecidos nas minhas redes. Ah, quer me conhecer? Faça isso pessoalmente antes. Por que faço isso? Sou neurótica? Pode ser. Acho sinceramente que uma pessoa que tenta acessar dados privados sem a permissão do dono não tem boas intenções com outra pessoa. Então, se quer acessar minhas publicações privadas peça minha autorização, ou conte com o efeito viral, ou seja um mal caráter e vá quebrar a segurança do site. E tenha certeza de que se está tentando quebrar a segurança, não meu amigo. E hoje em dia com essa onda de pessoas do mal ficarem espionando os perfis atrás de suas vítimas em potencial para crimes… Se é possível dificultar, por que não?
A verdade é que todas essas redes geram uma grande discussão e reflexão. Pessoas que se dão mal por fazerem comentários infelizes, pessoas que mostram seu humor refinado, pessoas que só fazem publicações de bobagens, pessoas que não publicam mas só acompanham os outros, pessoas que publicam coisas banais. Há também pessoas que viram “amigos íntimos” porque acompanham suas publicações (já tive que ouvir a frase: “sei tudo de você, acompanho teu orkut, twitter, facebook…” e a única rede autorizada era o twitter). É curioso as várias vertentes que todas essas redes sociais podem causar. Será que existe uma fórmula mágica para usar bem esses recursos? Eu estou tentando à minha maneira… 😉

obs.: aqui chamo de efeito viral quando as pessoas da sua rede comentar uma publicação para pessoas que não fazem parte da rede e o assunto se espalha, como um vírus.

FISL 11 – Final de feira

O último dia do evento foi um tanto quanto vazio, se comparado a outros dias. Muita gente já tinha programado para voltar para suas cidades de origem durante o último dia ou logo que terminasse o evento. Muitas malas guardadas na recepção. Em geral, as palestras do último dia estavam bem vazias. Podia- se escolher calmamente qual palestra assistir. Enfim, sem muitas coisas para contar. Nesse dia, descobri que as pessoas passavam horas (sentido literal) na fila do estande da Caixa Econômica Federal para conseguir uma camiseta personalizada com sua caricatura… =/ Conclusões que eu posso tirar dessa experiência: um evento dito como internacional ainda possui algumas deficiências tais como wifi deficiente e falta de estrutura para que as pessoas fiquem com seus note/netbooks ligados full time. Vi muita gente pelos cantos procurando tomadas, inclusive eu. E muita gente com seus computadores nos corredores e arredores. Havia nerds de todos os tipos: estudantes, profissionais e simpatizantes. O nível das palestras em geral era bastante básico (pelo menos, das palestras que assisti) daria para a empresa onde trabalho enviar vários palestrantes, de todas as áreas de tecnologia: desenvolvimento, administração de sistemas, banco de dados, interface, qualidade; lá tem vários ‘cases’ que poderiam ser apresentados num nível bem mais elevado de quem estava lá. Mas é sempre bom saber o que outras organizações estão trabalhando. Acho que seria uma excelente oportunidade de divulgação da empresa também, como usuária e contribuidora do movimento de software livre, não só em palestras, mas também nos estandes, por que não? E quem sabe, encontrar algum talento novo. Ter o evento numa universidade, me fez sentir nostálgica, com saudades dos meus tempos de faculdade. Não tenho dúvidas de que o clima de uma boa univerdade renova qualquer ânimo. Ver pessoas diferentes é bastante interessante.

FISL 11 – Palestra: Desenvolvendo software na nuvem

Palestra feita por Bruno Souza (Javaman) e Fabiane Nardon.
O Javaman começou falando das vantagens do desenvolvimento de software na nuvem, que visa o alcance de mais pessoas e barateamento de custos.
Entre os motivos de fazer o cloud computing ele cita: 70% tempo de pequenas e médias empresas é gasto com gerenciamento de sistemas de TI; conhecimeno compartilhado na rede; infra-estrutura; 11% possui infra para trabalho remoto;
Depois a Fabiane citou ferramentas para desenvolvimento em cloud computing que vão desde issue tracker, controle de versão, integração contínua, gerenciamento de biblioteca.
A apresentação deles está disponível em http://prezi.com/nrdglitkkmli/desenvolvendo-software-na-nuvem e eles tem mais informações disponíveis em sua página no twitter @toolscloud.

FISL 11 – Palestra: Quer aprender a programar de verdade, pergunte-me como

O palestrante foi o Henrique Bastos. É a segunda palestra que eu assisto dele, consequentemente, os mesmos ‘causos’, mas mesmas frases de feito.
A primeira foi dele me explicando scrum “by the book”, com o seu surpreendente exemplo de que, usando scrum, uma equipe de 14 pessoas colocou um site no ar em 1 dia. Mas essa segunda foi interessante.
Ele começa explicando o início de carreira inial de um desenvolvedor: programando pascal na faculdade e fazendo um estágio formal. Segundo o palestrante, o ensino de computação é waterfall, mais do que em empresas.
Como técnicas para aprimoramento de desenvolvimento, ele citou o DojoRio (pares) e o ForkingRio (individual)
Dojo: um grupo se reúne, alguém propõe um problema lúdico, o grupo decide uma estratégia inicial, decide os papéis. Como papéis há o piloto e co-piloto, sendo que esse segundo não programa. Os papéis mudam a cada turno. São fases do Dojo: vermelho, piloto escreve o teste e o código, co-piloto ajuda o piloto e a plateia observa em silêncio; verde, execução de testes, todos, inclusive a platéia podem dar opiniões; refatoração: “organizar o código como se o próximo programador fosse um psicopata que sabe onde você mora”; retrospectiva.
Forking: feito normalmente para contemplar os finais de semana, o grupo decide o que estudar e o que implementar. Depois cada um vai para sua casa, fazer sua própria implementação. Na segunda se reúnem,depois é feito o merge, união das soluções e o diff, comparação das soluções implementadas.
Duas formas curiosas de formar um grupo de estudo 😉

Frases de efeito:
Arte e ciência são duas faces da mesma moeda (Donald Kunth)
Teoria e Prática são faces da mesma moeda (palestrante)

FISL 11 – Terceiro dia

Cheguei um pouco mais tarde que os outros dias e, consequentemente, perdi o mayor do foursquare para o rapaz da globo.com.
Desisti de assistir palestras mas técnicas. As que eu assisti eram muito básicas, e eu sempre chegava no final com um pequeno sentimento de frustração. Passei o dia procurando palestras aleatórias, apenas para ouvir os seus ‘cases’.
Nessa leva, assisti Scott Chacon repetindo o mesmo mantra de outros, que é bom participar de comunidades open source, recomenda escrever um código decente pois outros desenvolvedores irão analisar esse código, falou um pouco de desenvolvimento com times pequenos (scrum??). Teve uma outra apresentação (Por que sou fanático por testes e você é umbundão), uma espécie de teatro que dá ênfase na importancia dos testes em todo o desenvolvimento. Teve também a apresentação de Jared Smith, da Red Hat, apresentando em linhas gerais o desenvolvimento open source do Fedora. Não sou tão fã assim de Linux, então não assisti a apresentação do Maddog, sorry people.
Depois de garimpar as palestras, dei uma nova volta pelos estandes e comprei uma jaqueta com o logo do FISL. Por conta disso fui chamada de nerd (vejá só… o sujo falando do mal lavado) mas fazer o quê…
O local dos estandes costumavam servir de ponto de encontro do pessoal da firma. Abaixo uma fotinha da turma reunida no final do dia (foto by Chui)

Nessa noite fomos jantar junto com o pessoal o iG, os antigos coleguinhas de trabalho. O pessoal do estande da firma também estava na mesma churrascaria, aliás… houve um certo atrito por causa desse jantar. Como fui convidada pela turma do iG, foi com eles que fui jantar…

FISL 11 – Palestra: Desenvolvendo políticas de segunraça com qualidade

O palestrante foi Marcus Augustus Burghardt. Pra variar, cheguei atrasada e não sei de onde ele é. Ele fez uma longa descrição do que é necessário fazer para escrever políticas de segurança para uma organização. Segue abaixo um resumo.

Política de segurança: RFC 2196 formalizar regras, boas práticas com os recursos que disponibilizam dos recursos de uma organização.
RFC escrita em setembro de 1997. Possui uma base teórica interessante e fundamentada, porém alguns tópicos já não são válidos para atualidade: virtualização, opções entre políticas allow all e deny all, procedimentos completos na política, termos técnicos.

Utilidade da política de segurança: incrementar a segurança seguindo princípios da confidencialidade, integridade e disponibilidade; mitigar incidentes de segurança quem possam impactar negativamente nos negócios da organização; conscientizar os usuários das regras, boas prátias, riscos e responsabilidades ao utilizarem os recursos da organização; definir e melhorar continuamente as práticas e ferrametas para uma resposta ao incidente.

Somente isso? não… levar a segurança a sério na organização, possibilitando inclusive ações legais decorrentes do descumprimento das políticas.
Consolidar uma base para tomada de decisões e ações relacionadas à segurança, ou seja, que caminho seguir, justificar investimetnos em segurança da informação;

Por onde começar?
Quais os objetivos da organização, o que, de quem, por quem e como?
Identificação de ativos: informações críticas, equipamentos, softwares, pessoas, etc; quais os riscos que esses ativos sofrem e quais os impactos nos negócios? quais benefícios gamanhos mitigando esses riscos;
Qual a situação atual da organização? Optar por uma política mais permissiva ou mais proibitiva? quais assuntos abordar, armazenamento, emails, internet, dispositivos, instant messengers
Montar a equipe para iniciar a política. Analista de segurança, técnicos de ti, usuários chaves, departamento jurídico.

Dicas na fase inicial: segurança, disponibilidade, custo.

Networking: novas idéias; cabeça aberta; segmentação: usuarios, administradores, terceiros

Aos usuários: acessos a internet: sites, download, admissão e demissão de funcionários: acesso, arquivos; armazenamento: cotas, tipos de arquivos; autenticação; emails: anexos, cotas; dipositivos: pendrive;

Pivacidade: posso monitorar  tudo o que o usuário faz? e sele usa email particular; Quem pode monitorar os usuários? E se o usuário tiver trabalhando em algo confidencial? O usuário precisa saber que estou monitorando ele? Até onde posso aprofundar o monitoramento?

Aos sysadminis: linguagem mais técnica; politicas mais rigorosas; padrões de senhas; respostas a incidentes; responsabilidades; controles de acessos
divulgação de infomrações; gerenciamento de logs; usuario de teste; atividades criticas; alteracao de cadastros do usuário; engenharia social; documentação; amizade; etica; associar a politica de usuarios

Aos terceiros: as politicas direcionadas aos usuarios da organizaçaõ dificilmente cabem aos terceiros na empresa: consultores, programadores, visitantes; deve ser criada uma política separada para os terceiros que garanta os mesmos cuidados tomados com os usuários da organização; não podemos impedir o desempenho de trabalho do terceiro mas podemos dar todos os recusos necessários com segurança;

Erros comuns: politicas surreais. regras incabiveis e incontrolaveis; falta de embasamento tecninco e ferramentas para controle; prejudicar o desempenho dos usuários; falta de treinamento para mudanças de métodos e processos; não divulgação para todos os usuarios e dificultar o acesso; falta de clareza e uso de termos tecnicos; falta de respeito com todos os usuarios; falta de monitorameento constante; não cumprimento da politica “cair no esquecimento”; desacordo com termos legais e por ultimo confiança.

Boas praticas: sempre testar viabilidade tecnica de todas as politicas; amonizar segunrança. disponibilidade e custo; testar a clareza nas regras com usuarios; facilitar acesso e a consulta das politicas; alinhar todas as regras com um setor juridico; atualizar constantemente de acordo com as mudanças na organização de tecnologias; ficar atento a novidades; fazer analises constantes na eficacia; buscar apoio forte, dde cima para baixo